De todas as dores da vida, a dor do luto pela morte de um(a) filho(a) é, sem dúvida nenhuma, a dor mais intensa e indescritível.
A caminhada por essa vida nos faz deparar, em vários momentos, com situações de sofrimento, embora nada se iguale à dor da perda de um(a) filho(a). Não é fácil viver sem a presença daquele que amamos. A dor do luto dói na “alma”, aperta o peito e esmaga o coração.
É nessa hora que o ombro amigo é indispensável. Tanto a família como os amigos são importantes nesse processo do luto. Estar ao lado, a presença amiga tem um significado muito profundo. Não se trata de saber o que falar, o silêncio às vezes diz muito mais que muitas palavras. E ainda não corre o risco de dizer palavras duras para o momento.
Para a pessoa que está em luto basta saber e sentir que tem alguém com quem possa falar, ou simplesmente chorar, sem qualquer cobrança ou censura. Cada um tem seu tempo e seu jeito de chorar essa dor.
Ao familiar ou amigo cabe apenas estar ao lado, fazer-se presente na hora da dor. Com o tempo as coisas se ajeitam, a pessoa reaprende a viver e vai dando rumo à sua vida. Mas é no tempo dela.
É importante saber respeitar cada etapa do luto. Pode ser que a pessoa deseje falar o tempo todo sobre o (a) filho(a), mas pode ser também que prefira silenciar e nada queira falar.
Em datas importantes, como aniversários, natal, páscoa, dia das mães, dos pais, enfim, datas especiais, são particularmente mais difíceis de viver. Não exija que a pessoa participe como antes. Respeite seu estado emocional e esteja ao lado dela apoiando para que não se sinta sozinha.
Tenha paciência se a pessoa ainda não está preparada. Claro que é importante ajuda-la a perceber que a vida continua, dar toques, mas nada além do que ela possa suportar. É estando por perto que se descobre como criar situações que contribuam para o retorno dessa pessoa às atividades do dia a dia. A sensibilidade é fundamental para se descobrir momentos certos de falar e de calar.
O ombro amigo pode, além do apoio, ajudar a pessoa a reencontrar o caminho de volta à vida, a perceber que embora a dor seja muito forte, é preciso segurar firme nas mãos de Deus, apoiar-se nos familiares e amigos, e seguir em frente, sem desanimar, sem desesperar, certos de que no final da missão haverá o tão esperado e desejado reencontro com os filhos no céu.
Grupo de Reflexão “Filhos no Céu”