“Creio na ressurreição da carne.”

Parece-nos oportuno falar um pouco sobre o Dia de Finados.


 

No dia de Finados, não festejamos a morte. Seria uma ignorância e uma contradição da nossa parte. Nós celebramos a fé na ressurreição e a esperança do encontro na morada que Jesus nos preparou, no Reino amoroso e eterno de Deus.

 

No dia de Finados temos uma oportunidade ímpar para agradecer a Deus pela existência daqueles que nos precederam e, de certa forma, participaram da construção de nossa própria história.
É dia em que vamos ao cemitério, participamos da Eucaristia, e acendemos velas para lembrar que essa luz segue iluminando nossos corações. Veneramos os exemplos que deixaram nossos entes queridos e tentamos imitar sua fé.
Nós, neste dia, deparamo-nos com a realidade da morte em nossa vida. A presença da limitação e fraqueza da vida permite-nos ser mais humildes e conscientes de nossa finitude humana.

 

Nossa fé cristã é a fé em Jesus Cristo Ressuscitado. Nos diz São Paulo: “E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é ilusória, estais ainda em vossos pecados. Se depositamos a nossa confiança em Cristo somente para esta vida, somos os mais dignos de pena de todos os homens”. (1 Cor 15, 17; 19)

Nós cremos na ressurreição como um momento de transcendência de nossa realidade finita para uma realidade infinita ao lado de Deus. Nela nossa vida é transformada. Assim como acontece com a semente que, ao ser lançada na terra, morre e desta morte nasce a nova vida, cremos que também nós vamos ressuscitar e assumir uma nova vida. Nós cremos que a nossa caminhada terrestre é uma preparação para a verdadeira e eterna vida em Cristo. É nossa oportunidade de viver no mundo e nos preparar para a eternidade.

 

O Catecismo da Igreja Católica descreve o sentido da morte da seguinte forma:
“Senhor, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada” (Cat. 1012).

Realmente, a morte, que além do decurso natural é consequência do pecado, é transformada por Jesus Cristo, o Filho de Deus, que sofreu também a morte, própria da condição humana, mas transformou a sua “maldição em bênção” (Cat. 1009).
Graças a Cristo, a morte tem um novo sentido. Diz São Paulo: “Pois para mim viver é Cristo, e morrer um ganho” (Fl 1, 21).

 

Para nós cristãos, é o  “prêmio” pela missão cumprida. A “coroa da vida eterna” prometida a todos aqueles que forem fiéis até o fim.

Nós caminhamos para Deus! No céu, a vida é eterna, na comunhão com Deus, prêmio da vida na graça e obediência aos seus mandamentos. “O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam.” (1 Cor 2, 9).

Entre as verdades relativas à vida e à morte está a mais importante, ou seja, a verdade da ressurreição de Jesus e, n’Ele a ressurreição de todos nós. Assim como Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, todos nós, um dia,  ressuscitaremos  para a vida eterna.

 

GRUPO DE REFLEXÃO “FILHOS NO CÉU” – DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Nosso próximo encontro

Nossa reunião em outubro será no dia 17, isto é, no próximo Domingo.

O encontro começa às 15 horas, com a Santa Missa, na Capela do Hospital Antoninho da Rocha Marmo, em São José dos Campos. Após a Missa, nos reunimos para reflexão e partilha. Na Missa, temos a ocasião de rezar especialmente por cada um dos nossos “filhos no céu”. Os pais que desejarem podem trazer uma fotografia de seu filho para colocarmos no nosso quadro durante a Missa.

Esperamos por você.

Grupo de Reflexão Filhos no Céu.