Reflexão do mês de fevereiro de 2021

“.. o Espírito o conduziu ao deserto…” (Mc 1,12)

Fevereiro é o tempo de “Deserto”. O tempo em que o Espírito nos empurra para o nosso deserto interior junto com Jesus para nos fazer crescer e nos preparar para a Santa Páscoa. Ele quer que aprendamos a viver mesmo em lugares-tempos hostis e inóspitos e a lutar com firmeza e determinação contra as mentiras e seduções que nos desviariam, contra os vários males que nos atacam todos os dias. Bem cientes de serem filhos amados e amados.

Todos nós sabemos bem que a morte de um filho ou filha mergulha você em um deserto escuro, árido, sem água e sem vida. Onde as feras ferozes, aproveitando nossa solidão e fragilidade, tentam nos separar. Se, por outro lado, deixarmos a presença de Jesus habitar nosso deserto, ninguém mais pode nos atacar e nos fazer mal. Os anjos também vêm em nosso resgate e amorosamente suprem nossas necessidades.

Só podemos atravessar o deserto da dor que temos por dentro se for visitado por Jesus, iluminado com o arco-íris de sua existência, e ressuscitar como novas criaturas, renascer Nele. Mesmo um luto tão terrível, um tempo-lugar tão deserto e árido então, ele floresce, torna-se habitável, hospitaleiro. Torna-se um encontro divino, um lugar de sua passagem, uma terra santa e abençoada, um anúncio de uma nova vida: “O Reino dos céus está próximo: converta-se e creia no Evangelho”.

REFLETINDO E REZANDO:

O meu deserto de dor e angústia é visitado pelo Espírito de Jesus ou pretendo atravessá-lo sozinho? Tenho consciência de que os tempos-lugares das provações são oportunidades de crescimento interior, de proximidade com Deus e com meu filho? Eles fazem parte do plano do Pai e nos permitem alcançar o Reino dos Céus?

Peçamos a Maria, nossa Consoladora Mãe, que tenha sempre, nos lugares-tempos de prova, a consciência de sermos filhos amados por um Pai que nos quer levar ao céu.

Andreana Bassanetti